domingo, 6 de fevereiro de 2011

6 de Fevereiro - Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina



“ Segundo as vozes da tradição, a excisão aumenta a fecundidade das mulheres, garante a pureza e virgindade de uma jovem bem como a fidelidade de uma esposa… Na realidade, esta mutilação bárbara põe um perigo a vida das jovens raparigas que a ela são submetidas, priva – as do prazer e destrói para sempre as suas vidas enquanto mulheres. ” in Khady Mutilada




Esta atrocidade é realizada por mulheres da aldeia ou comunidade onde vive a criança, sendo estas por vezes parentes. Em qualquer um dos casos é uma actividade aprovada pela família pois é considerada como a “passagem á fase adulta”. Quem não tiver sido exorcizada não é considerada mulher, pura ou digna.

Consequências físicas da Mutilação Genital Feminina (FGM):

Esta prática pode levar á morte! A maioria dos casos, os efeitos consistem em infecções crónicas, sangrar intermitentemente, abcessos e pequenos tumores benignos no nervo, causando desconforto e extrema dore também efeitos mais duradouros  como  infecção crónica do tracto urinário, pedras na vesícula e uretra, danos aos rins, infecções no tracto reprodutor devido a obstruções do fluxo menstrual, infecções pélvicas, infertilidade, e tecido excessivo da cicatriz. Durante o parto, o tecido cicatrizado existente nas mulheres mutiladas pode romper. Mulheres infibuladas, que têm os lábios vaginais fechados, têm de ser cortadas para deixarem espaço para a criança nascer. Depois do parto, têm de voltar a ser “fechadas” para assegurar o prazer dos maridos.   in Amnistia Internacional (adaptado)



É importante não deixar de referir que esta prática não afecta só as raparigas, mas também rapazes em todo o mundo (pelo menos 28 países de África e do Médio Oriente, como ainda na Ásia e em comunidades emigrantes na Europa, América do Norte e Austrália)! As razões são basicamente as mesmas… tudo é feito em nome da tradição, socialmente silenciadas e politicamente toleradas!




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